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Publicado em 13/09/2018 10:53:08

Tuberculose bovina e seus riscos à saúde pública

A tuberculose é uma doença que atinge os mamíferos e as aves, sendo disseminada através dos séculos. No caso dos bovinos, os principais atingidos são os rebanhos leiteiros, já nos rebanhos de corte esse índice é menor. A grande maioria dos bovinos criados em pastagem sob clima tropical apresenta uma defesa natural contra determinadas doenças. 
  O bacilo causador da tuberculose é moderadamente resistente ao calor, dissecação e diversos desinfetantes. Permanece viável em estábulos, pastos e esterco por até dois anos, até um ano na água e por até dez meses nos produtos de origem animal contaminados, por exemplo: queijo, leite, cremes, manteiga, carnes.
A tuberculose humana é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
A tuberculose bovina é uma doença de evolução lenta que acomete bovinos, bubalinos, cães, gatos e também o homem. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de lesões nodulares (caroços) que podem ser localizadas em qualquer órgão do animal, principalmente os pulmões diminuindo a capacidade respiratória dos animais, mas também pode afetar as glândulas mamárias, testículos, útero, etc.
A doença tem sinais clínicos pouco frequentes em bovinos, mas em estágios avançados, o gado apresenta uma magreza progressiva. Animais doentes destinados ao abate são, geralmente, detectados pelo sistema de inspeção nos frigoríficos. A tuberculose bovina ocasiona grandes prejuízos à economia. 
O conhecimento de como a doença se desenvolve no rebanho é importante para o criador, pois a contaminação do gado pode atingir os seres humanos, como também, a tuberculose humana poderá infectar os bovinos, mas não ocorrendo uma progressividade da doença. Por estes motivos, ocasionalmente, quando se realiza testes de tuberculina nos rebanhos, os animais poderão apresentar sensibilidade ao teste.
O agente transmissor da tuberculose dos animais para as pessoas se propaga pela respiração, fezes, leite ou fluídos corporais do animal, com o agravante de que, estes germes são eliminados bem antes do surgimento dos primeiros sintomas da doença. 
Outras formas de contaminação do animal para o homem ocorrem quando há a ingestão de leite cru ou mal fervido, bem como, consumo de derivados de leite (queijo, manteiga, nata) feitos com leite cru e pela ingestão de carne e seus derivados mal cozidos.

QUAIS OS SINTOMAS?
•Nos bovinos e bubalinos, em geral, os animais parecem saudáveis por muito tempo, transmitindo a doença a outros animais e ao homem.
Os sintomas aparecem no estágio final da doença. O animal sofre grande perda de peso, apresenta dificuldade respiratória, tosse seca e fraqueza geral. Ao contrário da brucelose, que é uma doença de caraterística aguda, responsável por abortos, febre, perda de animais e queda na produção.
Este cenário de desconhecimento da gravidade da doença faz com que a tuberculose contamine o rebanho lentamente até atingir alta incidência o que leva a perdas de até 25% na eficiência produtiva. Nos bovinos, a única forma de tratamento é o descarte, enquanto nos seres humanos, o processo de cura é lento e implica em afastamento do trabalho.
•No homem: a tuberculose pulmonar atinge os pulmões e ocorre febre, tosse persistente por mais de três meses, catarro, emagrecimento, dores no peito e nas costas e em casos mais avançados pode ocorrer sangramento durante os acessos de tosse. Já a tuberculose extrapulmonar, pode ocorrer nos rins, nos ossos, nas articulações, no fígado, no baço, no cérebro e na pele. Os sintomas são variados e dependem do órgão afetado.
O tratamento é feito com antibióticos por seis meses, se a pessoa fizer de forma correta, estará no fim deste prazo, totalmente curada; porem o problema é que logo no começo o paciente já se sente bem e abandona o tratamento; Nesse caso, ele volta a ter a doença e pode desenvolver resistência ao antibiótico, correndo risco de morte. Esse é o maior inimigo da erradicação da doença no país, lembrando que durante os primeiros 15 dias de tratamento ainda é possível transmitir a doença.

COMO PREVENIR?
Não existe tratamento, nem vacina contra a tuberculose bovina, por isso a única solução é a prevenção:
•Realizar exames periódicos dos bovinos e bubalinos;
•Só compre ou venda bovinos e bubalinos com exames negativos para tuberculose, realizados por médico veterinário habilitado;
•Beber somente leite fervido ou pasteurizado;
•Ingerir carne bovina ou bubalina bem cozida ou frita e inspecionada pelos órgãos competentes;
•Não permitir a presença de cães e gatos no curral, principalmente durante a ordenha.
A seguir apresentamos algumas fotos de animais que foram abatidos em nosso município com tuberculose e dados retirados do site do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, mostrando o avanço de casos na nossa região (Sete Povos das Missões).
 
  PATRICIA SCHER
VISA MUNICIPAL

DISIPOA- MÉD. VET. ADEMIR GARCIA
SEC. MUNICIPAL DA AGRICULTURA
 

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