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Publicado em 30/03/2016 09:38:05

CAMPYLOBACTERIOSE


A campylobacteriose é considerada uma das doenças emergentes de origem alimentar, sendo uma das mais comuns e importantes causas de doenças diarreicas em humanos. Está associada ao consumo de leite cru ou insuficientemente pasteurizado, sendo também um patógeno encontrado com relativa frequência como contaminante de carcaças e retalhos de aves. 
É uma bactéria zoonótica, com muitos animais servindo de reservatório (encontra-se amplamente distribuída no trato intestinal de coelhos, roedores, carneiros, cavalos, bovinos, suínos, aves como pássaros selvagens e galinhas e animais domésticos de sangue quente). 
O gênero Campylobacter compreende inúmeras bactérias patogênicas para o homem, sendo a mais importante delas o Campylobacter jejuni, isolado com frequência de pessoas com quadros de gastroenterites. A dose infectante de C. jejuni é variável, dependendo do grau de higidez dos acometidos, da susceptibilidade individual, da virulência da cepa e do tipo de alimento veiculador do agente. De modo geral, acredita-se que a ingestão de 500 a 800 células bacterianas no leite seja suficiente para causar a doença. 
A infecção por C. jejuni pode manifestar-se de diversas formas, sendo a enterocolite a mais comum. O período de incubação varia normalmente de dois a cinco dias, podendo se estender até 10 dias. A doença caracteriza-se por diarreia acompanhada de febre baixa e dores abdominais. Em alguns casos a febre pode ser alta e as fezes podem conter sangue, leucócitos e muco. Vômitos são raros. 
A bactéria adere à mucosa da porção terminal do intestino delgado, íleo, próximo à junção com o cólon, multiplica-se e produz uma enterotoxina citotóxica, provocando diarreia aquosa profusa semelhante à da cólera; quando a invasão ocorre ao nível do intestino grosso, cólon e reto, a diarreia pode ser sanguinolenta. 
O leite cru ou insuficientemente pasteurizado é o alimento apontado com mais frequência como responsável por surtos de campilobacteriose. A contaminação do leite pode ser de origem fecal, devido a problemas de higiene na ordenha ou proveniente de mastite ocasionada pelo agente. O animal infectado pode produzir leite contaminado até por 12 semanas. 
As carnes de aves, principalmente as comercializadas em retalhos, ocupam lugar de importância em saúde pública, na transmissão da doença, já que se estima em 100% o nível de contaminação destas matérias-primas, o qual é muito superior ao das carnes vermelhas, embora haja relatos da presença do agente em carne crua moída (hambúrguer). 

Secretaria Municipal da Agricultura
São Pedro do Butiá
DISIPOA- Méd. Vet. Ademir Garcia

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