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COVID-19

PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. A vacina é gratuita?

Sim. A vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 2. A vacina é obrigatória?

Não. As vacinas nunca são obrigatórias no país. Mas existem restrições da vida civil, como para concursos públicos, inscrição no Bolsa Família e viagens internacionais.

3. Como é escolhida a marca das vacinas para distribuição entre os municípios?

O Estado distribui as doses conforme recebe as remessas do Ministério da Saúde. Essa distribuição procura encaminhar, por exemplo, doses da vacina de Oxford para municípios que já receberam o imunizante anteriormente. O objetivo é assegurar a vacinação da mesma faixa etária em determinado município com o mesmo imunizante. Mas a distribuição depende da disponibilidade de cada vacina e dos quantitativos enviados pelo MS.

4. Por que as cidades vacinam pessoas de idades diferentes?

 Porque depende do ritmo de vacinação de cada município. O Ministério da Saúde envia os lotes ao Estado, que distribui aos municípios e as prefeituras aplicam. Na medida em que o município completa a faixa etária indicada, pode avançar para a próxima faixa. Essas diferenças entre os municípios ocorrem, por exemplo, em função da velocidade de aplicação, tamanho do grupo a ser vacinado e outros fatores.

5. Para se vacinar, a pessoa precisa ter a idade indicada pelo Ministério da Saúde completada até o dia da vacina?

Precisa já ter completado a idade indicada até o dia da vacina.

6. Como o governo do Rio Grande do Sul divide pelas cidades gaúchas cada lote de vacinação que recebe?

O cálculo é feito a partir de estimativas populacionais do grupo prioritário que está sendo vacinado no momento. Sempre que chega um novo lote de vacinas, os municípios, representados pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), e a Secretaria da Saúde do RS, pactuam quem será vacinado, fazendo a estratificação a partir dos grupos prioritários. O cálculo leva em conta a quantidade de doses disponíveis, os grupos prioritários a serem contemplados e as estimativas populacionais.

7. Uma pessoa pode se vacinar em uma cidade na primeira dose e em outra cidade na segunda dose?

 Sim. A vacinação pode ser realizada em qualquer município. Independentemente de comprovação domiciliar. O ideal é tomar as duas doses no município de residência.

8. Pode-se escolher marca da vacina para se vacinar?

 Não.

9. É possível a vacina causar a Covid-19?

Não. Nenhuma das vacinas em fase clínica é viva atenuada, que seria a única possibilidade, ainda que bastante remota, de ocorrer um processo de reversão da vacina para a forma ativa do vírus. As vacinas têm diferentes plataformas tecnológicas, que não permitem esse processo de reversão e, consequentemente, a possibilidade de causar doença.

10. Quem tomar a primeira dose da vacina A poderá tomar a segunda dose da vacina B?

Não. O esquema vacinal completo, com duas doses para a vacina específica, é essencial para obter a resposta imune esperada para cada plataforma tecnológica. A proteção em indivíduos com esquemas vacinais incompletos, ou com doses de vacinas diferentes, não foi avaliada nos estudos clínicos.

11. Quais os efeitos adversos que as vacinas podem causar?

Isso vai depender de qual vacina estamos falando. Cada estudo clínico avalia as possibilidades de efeitos adversos causados pela vacina em análise.

Coronavac - No local da injeção, podem aparecer os seguintes sintomas: dor, inchaço, vermelhidão, caroço duro, coceira, mancha roxa e infecções no local. O vacinado também pode apresentar dor de cabeça, dor nos músculos, diarreia, náusea, cansaço e, mais raramente, febre.

Oxford/AstraZeneca - Sensibilidade no local da injeção, dor local, dor de cabeça, fadiga, mialgia, mal-estar, febre, calafrios e artralgia, náusea. A maioria das reações adversas foram leves a moderadas e se resolveram dentro de poucos dias após a vacinação. As reações adversas foram menos frequentes após a segunda dose do que a primeira.

Pfizer- Dor no braço, dores no corpo, às vezes fadiga e até febre baixa, dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção, e possivelmente dor de cabeça ou náusea.

Janssen- A bula da Janssen esclarece que existem reações locais e gerais. Normalmente esses efeitos colaterais podem aparecer nos três primeiros dias após a vacinação. São reações locais: dor, vermelhidão e inchaço no local de aplicação. E gerais: cansaço, dor de cabeça ou muscular, arrepios, febre e náuseas.

12. Quais são as contraindicações para a vacina?

Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer dos excipientes da vacina; para aquelas pessoas que já apresentaram uma reação anafilática confirmada a uma dose anterior de uma vacina Covid19.

13. Pessoas com alergia a ovo podem tomar a vacina contra o coronavírus?

Apenas os indivíduos com formas graves de alergia ao ovo, como urticária e reações anafiláticas, não devem receber as vacinas que possuem esse componente. É importante consultar um médico, pois só ele pode definir se há contraindicação à vacinação. As pessoas com reações alérgicas as quaisquer vacinas devem ser encaminhadas para um Centro de Imunobiológicos Especiais (CRIE) para avaliação.

 14. Pessoas com quadros alérgicos graves podem tomar a vacina contra o coronavírus?

 A grande maioria dos pacientes alérgicos a medicamentos ou a alimentos não são alérgicos a algum componente específico da vacina. Porém, os pacientes com histórico de alergias graves a algum componente das vacinas ou a uma dose prévia de alguma delas devem ser avaliados com cautela pelo especialista para decidir se esta deverá ser contraindicada, aplicada com supervisão médica ou se estará indicado protocolo de dessensibilização.

15. Portadores de doenças autoimunes podem tomar a vacina contra o coronavírus?

Preferencialmente, o paciente deve ser vacinado estando com a doença controlada ou em remissão, como também em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão. Essa não é uma condição imprescindível para que o paciente seja vacinado, mas um cenário ideal. Em outras situações, é fundamental discutir com um médico qual o melhor momento para a vacinação.

16. Pessoas que tomam medicamentos de uso controlado podem tomar a vacina contra o coronavírus?

A vacina somente é contraindicada às pessoas que têm hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos componentes, além daquelas que já apresentaram uma reação alérgica intensa confirmada ao tomar uma dose anterior de uma vacina contra a Covid-19.

17. Quanto tempo demora para as pessoas terem imunidade após a vacinação?

Quinze dias após a aplicação da segunda dose. O esquema vacinal completo com duas doses é necessário para obter a resposta imune esperada para a prevenção da Covid-19. A segunda dose da vacina da marca CoronaVac deve ser aplicada de duas a quatro semanas depois da primeira. Para a marca Oxford/AstraZeneca e Pfizer a prescrição é de 10 semanas de intervalo. Já a vacina Janssen é feita somente uma dose única.

18. Pessoas com sintomas suspeitos de Covid-19 ou com a infecção confirmada podem se vacinar?

Em geral, como para todas as vacinas, diante de doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se o adiamento da vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. É improvável que a vacinação de indivíduos infectados (em período de incubação) ou assintomáticos tenha um efeito prejudicial sobre a doença. Entretanto, recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com quadro sugestivo de infecção em atividade para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais. Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, idealmente a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas.

19. Quem já teve Covid-19 pode se vacinar?

Sim. Não há evidências, até o momento, de qualquer preocupação de segurança na vacinação de indivíduos com história anterior de infecção ou com anticorpo detectável pelo SARS-COV-2.

20. Depois de vacinadas as pessoas precisam continuar usando máscara?

 Sim. A orientação é que as pessoas vacinadas mantenham as medidas de proteção até que a maior parte da população esteja vacinada, o que deve demorar algum tempo. Só então será possível atingir a chamada "imunidade de rebanho". Enquanto esse estágio não for alcançado, não há garantia de que as pessoas vacinadas não possam ser vetores da doença. Usar máscaras e manter o isolamento social será importante tanto para você se proteger, caso seja parte da minoria das pessoas em que a vacina não gerará efeito imunizante, quanto para proteger outras pessoas.

21. Há possibilidade de doar sangue após ser vacinado?

 Por se tratar de vacina de vírus inativado, após a vacinação com a vacina Coronavac o indivíduo deve aguardar 48h após cada dose antes de realizar doação de sangue. Para as vacinas de Oxford/AstraZeneca, Pfizer e Janssen é preciso aguardar um período de 7 dias após cada dose.

22. Gestantes e lactantes no grupo de risco podem se vacinar?

A vacinação nesses grupos poderá ser realizada após avaliação entre a mulher e seu médico prescritor, considerando o nível potencial de contaminação do vírus na comunidade, a potencial eficácia da vacina, o risco e a potencial gravidade da doença materna.

23. Qual o critério para a definição dos grupos prioritários no PNI?

 Os grupos prioritários são formados por indivíduos que apresentam maior risco de agravamento e óbito devido a condições clínicas e demográficas, como idosos e pessoas com comorbidades. Existem ainda grupos com elevado grau de vulnerabilidade social e, portanto, suscetíveis a um maior impacto ocasionado pela Covid-19, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Neste contexto, é importante que os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) também sejam levados em consideração ao pensar a vulnerabilidade à Covid-19. No Brasil, os povos indígenas, vivendo em terras indígenas, são mais vulneráveis à doença, uma vez que doenças infecciosas nesses grupos tendem a se espalhar rapidamente e atingir grande parte da população devido ao modo de vida coletivo e às dificuldades de implementação das medidas não farmacológicas, além de sua disposição geográfica, sendo necessário percorrer longas distâncias para acessar cuidados de saúde, podendo levar mais de um dia para chegar a um serviço de atenção especializada à saúde, a depender de sua localização. Em consonância a esses determinantes, encontram-se também as populações ribeirinhas e quilombolas. A transmissão de vírus nessas comunidades tende a ser intensa pelo grau coeso de convivência. O controle de casos e vigilância nestas comunidades impõe desafios logísticos, de forma que a própria vacinação teria um efeito protetor altamente efetivo de evitar múltiplos atendimentos por demanda. Grupos prioritários também são definidos pelas atividades que apresentam maior exposição ao vírus, como trabalhadores de saúde, profissionais da área de segurança e professores.

24. A vacina da Covid-19 pode ser tomada junto com a vacina da gripe?

 Deve ser respeitado o intervalo mínimo de 14 dias entre a aplicação das duas vacinas. É preciso levar o cartão vacinal para se verificar corretamente o intervalo correto entre as aplicações. Quem ainda não recebeu a primeira dose da vacina Covid-19 e faz parte dos grupos prioritários, mas ainda não há previsão de data para a sua vacinação, já pode procurar a vacinação contra a influenza.

25. O que fazer caso apresentar algum evento adverso?

 Procure uma Unidade Básica de Saúde ou Ligue para o Disque Vigilância - 150 / RS. Este é um canal direto de comunicação, para esclarecimento de dúvidas da população sobre segurança e efeitos adversos da vacinação.

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